Mamma Mia

Confesso que os musicais não são o meu tipo de filmes favorito, mas este "Mamma Mia" de Phyllida Lloid supera as expectativas e vale bem a pena. Tem um pouco de tudo: a excelente banda sonora dos Abba, as interpretações fantásticas dos actores, quase todos já consagrados e que receberam aulas de canto para usarem as suas próprias vozes nos momentos musicais. Há também um cenário enternecedor e romântico, um argumento que, sem ser novidade absoluta, reúne condições de aceitabilidade e, não podemos esquecer, o mix de emoções que o filme provoca: sem histerias descontroladas, leva-nos da lagrimazita teimosa ao riso espontâneo e genuíno.

Lloid conseguiu manter viva a chama dos musicais sem usar despropositadamente o recurso à música para "encher" o filme. Diálogos e canções entremeiam-se perfeitamente e de forma coerente e coesa, quase sem perda de verosimilhança.

E, caso ainda haja dúvidas sobre a qualidade do filme, refira-se o eterno charme de Pierce Brosnan (que comprova aquela máxima segundo a qual os homens são como o vinho do Porto... quanto mais velhos melhores!... ele está lindo!!!) e um Colin Firth sem camisa que, mesmo fazendo papel de gay, fez mexer na cadeira todas as mulheres da sala (este é daqueles que nos faz sussurrar "mamma mia", cada vez que aparece no ecrã).

A ver sem hesitações e o mais depressa possível.