Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

domingo, julho 20, 2008

O motivo do silêncio...


... é a vontade de alcançar o silêncio definitivo, aquele do qual nenhuma alquimia é capaz de nos arrancar, aquele que nos fecha numa bolha de segurança, impedindo-nos de voltar a chorar. Mas dar o passo que nos leva a esse silêncio exige a coragem suprema, a força desmedida que sabemos não ter. Então resta esperar, ir arrastando a respiração por esta vida miserável, sendo apenas um "cadáver adiado" que nem sequer procria, mas queria, queria, queria...

4 Comments:

  • At 10:51 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ganda Nóia!!!

     
  • At 11:52 da manhã, Blogger King Arthur said…

    O Medo de Tentar

    Um dia aprendemos ...

    ... a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

    E aprendes que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começas a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
    Começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
    Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo, e aprendes que não importa o quanto tu te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
    Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais, e descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida; aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
    Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que eles mudam; percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
    Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são arrancadas de ti muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
    Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
    Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.
    Aprendes que não importa onde já se chegou, mas onde se está indo, mas se não sabes para onde estás a ir qualquer lugar serve.
    Aprendes que ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
    Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprendes que paciência requer muita prática.
    Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te "chute" quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar; aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas do que com quantos aniversários já se celebrou; aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas; aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são parvoíces; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
    Aprendes que quando se está com raiva tem-se o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
    Descobres que só porque alguém não te ama da forma que tu queres isso não significa que esse alguém não te ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
    Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado.
    Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes.
    Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma ao invés de esperares que alguém te traga flores, e aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.


    Descobres que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante dela! As nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.





    William Shakespeare

     
  • At 4:26 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Variação sobre uma canção de Jorge Palma



    Ponho o braço no ombro
    Tu precisas de alguém
    Dás-te com toda a gente
    Não te dás a ninguém
    Frágil
    Sentes-te frágil

    Faço um sinal qualquer
    Se te vir falar demais
    Tu às vezes embarcas
    Em conversas banais
    Frágil
    Sentes-te frágil

    Frágil
    Esta noite estás tão frágil
    Frágil
    Já nem consegues ser ágil

    Está a saber-te mal
    Este Whisky de malte
    Adoravas estar "in"
    Mas estás a sentir-te "out"
    Frágil
    Sentes-te frágil

    Acompanho-te a casa
    Já não aguentas mais
    Deposito na cama
    Os teus restos mortais
    Frágil
    Sentes-te frágil

    Frágil
    Esta noite estás tão frágil
    Frágil
    Já nem consegues ser ágil

     
  • At 10:51 da tarde, Blogger Kika said…

    Obrigada ao rei Artur e ao cavaleiro Lancelote. Sinto-me uma verdadeira princesa com tão majestáticas presenças na minha caixa de comentários. Estou frágil, mas recuperarei. Não perdi o medo de tentar, apenas aumentei o medo de falhar.
    Voltem sempre.

     

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