Este post deveria ter sido escrito ontem, mas a autora deste blogue deixou-se vencer pela preguiça e pela real vontade de nada fazer.

Há um ano, estava algures no sopé do ponto mais alto de Portugal continental e só posso dizer que foi óptimo ou ainda melhor do que isso. Estava no início de um período de mudança na minha vida e a paisagem branca e fria à minha volta ajudou-me a aligeirar as dores e a sufocar os fantasmas. Claro que a redenção não foi total nem imediata. Cometi erros, fui-me abaixo outras vezes, mas já não bati no fundo, nem podia. Já lá tinha estado. Não sei se renasci na neve ou pela neve, mas sinto-me apaziguada agora, embora sinta os efeitos do tédio e da monotonia, mas o ser humano é o eterno insatisfeito. Espero que dure a paz e que a vida não me leve de novo ao fundo.

Um agradecimento especial ao F. que me fez ver a luz e à S. e ao V. por me terem feito ver a neve.