To be or not to be...

Afinal percebi! Confesso que demorou alguns meses, mas cheguei lá. As próximas eleições presidenciais são uma adaptação do famoso "Hamlet" de Shakespeare. Neste caso, e visto que estamos na era Moderna, a ideia central é "To be or not to be... candidato".
Decidam-se senhores! É que já não há pachorra. Com tanto candidata ou não candidata, anuncia ou não anuncia, divide o partido ou não divide, exerce o seu direito ou não exerce, ... o "povo" está farto. Resultado mais provavél: de tão cansados e baralhados, os eleitores começam a ter medo das urnas de voto e certamente a abstenção vai disparar. Afinal, quando chegar o dia alguém saberá quem são os candidatos???
Para mais com tanto "chove e não molha" nem sequer percebemos que antes desse circo temos o outro, o das autárquicas. Sim, aquele em que os independentes são filiados, mas concorrem contra os partidos; aquele em que se criou uma nova categoria eleitoral - a dos candidatáveis; aquele em que, em muitos casos, não se percebe bem quem concorre com o apoio de quem.

Com tanto malabarismo e contorcionismo, esta palhaça começa a questionar-se: "to be or not to be... um eleitor que vota"???