Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Para entrar no espírito da época...

Este ano ando sem espírito natalício, o que em mim é coisa nunca vista. Ando a fazer um tratamento à base do que abaixo recomendo para ver se me curo, mas por enquanto não se vislumbra nem um ligeiro aroma a canela nesta alma "desnatalada". Enfim... melhores dias virão!

http://www.youtube.com/watch?v=7DhD-z-0yMI

2 Comments:

  • At 7:10 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Na véspera

    Na véspera de não partir nunca
    Ao menos não há que arrumar malas
    Nem que fazer planos em papel,
    Com acompanhamento involuntário de esquecimentos,
    Para o partir ainda livre do dia seguinte.
    Não há que fazer nada
    Na véspera de não partir nunca.
    Grande sossego de já não haver sequer de que ter sossego!
    Grande tranqüilidade a que nem sabe encolher ombros
    Por isto tudo, ter pensado o tudo
    É o ter chegado deliberadamente a nada.
    Grande alegria de não ter precisão de ser alegre,
    Como uma oportunidade virada do avesso.
    Há quantas vezes vivo
    A vida vegetativa do pensamento!
    Todos os dias sine linea
    Sossego, sim, sossego...
    Grande tranqüilidade...
    Que repouso, depois de tantas viagens, físicas e psíquicas!
    Que prazer olhar para as malas fítando como para nada!
    Dormita, alma, dormita!
    Aproveita, dormita!
    Dormita!
    É pouco o tempo que tens! Dormita!
    É a véspera de não partir nunca!

    ÁLVARO DE CAMPOS

     
  • At 7:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ficar (Canção de Embalar)

    Ah se eu pudesse não partir
    Eu ficava aqui contigo
    Se eu pudesse não querer descobrir
    Ah se eu pudesse não escolher
    Eu juro era este o meu abrigo
    Se eu pudesse não saber que há mais

    Mas como pode a Lua não querer o céu?
    Como pode o Mar não querer o chão?
    Como pode a Vontade acalmar o desejo?
    Como posso eu ficar?

    Ah se eu pudesse não partir
    Eu ficava aqui contigo
    Se eu pudesse não saber que há mais

    Mas como pode a Lua não querer o céu?
    Como pode o Mar não querer o chão?
    Como pode a Vontade acalmar o desejo?
    Como posso eu ficar?

    Como posso eu ficar?

    MARGARIDA PINTO, Apontamento, Lisbon City Records, 2005 [CD]

     

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