Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

sábado, julho 07, 2012

100 Maneiras - Bairro Alto

Tudo começa com o Estendal de Bacalhau ou Estendal do Bairro, numa clara e bela evocação aos estendais de roupa das janelas dos bairros típicos de Lisboa. Depois seguem-se oito maravilhas do Chef Ljubomir Stanisic que parecem resultar de fusões muito bem pensadas entre a cozinha portuguesa e várias cozinhas do mundo, com recurso a técnicas inovadoras, quase científicas. É assim o menu de degustação do restaurante 100 Maneiras, no Bairro Alto.
Não, não há alternativas. Quando se consegue mesa (impossível sem marcação), a única escolha possível é a do vinho. Tudo o resto está já decidido e não se encontra aberto a alterações, exceto se houver reservas alimentares (regimes dietéticos especiais ou alergias).
O ambiente é intimista, acolhedor, sofisticado, tudo na medida certa, ainda que ligeiramente apertado, porque o espaço é exíguo. O serviço é de excelência e pauta por um profissionalismo de nota máxima. Toque dominante: um requinte algo elitista, mas nada impessoal.
E assim entramos no corropio da degustação. Entre empregados que sugerem vinhos fabulosos (não esquecer: se conduzir... beba pouco - é impossível não beber), os que nos trocam os talheres, os que trazem e descrevem os pratos e os que apresentam o limpa palato, sentimo-nos integrados numa máquina imparável que nos guia num reino de sabores, cores, cheiros e texturas. Embora as doses sejam pequeninas, a quantidade total de comida é enorme e pede um passeio a pé, depois da refeição.
Pessoalmente dou a nota máxima à Vieira corada com salada de algas e caldo asiático e, ou não fosse eu a gulosa de serviço, à Espuma de queijo com sorbet de goiaba e nougat de medronho. Mas tudo é bom, muito bom e muito bem pensado, até na escolha da louça em que os vários pratos são servidos.
Único inconveniente: a conta. Pesada demais em tempos de Troika, pelo que a clientela é sobretudo constituída por turistas estrangeiros. Vale a pena? Quem somos nós para duvidar do poeta!!!

segunda-feira, junho 18, 2012

Ressureição

Bip... bip... bip...
A cada bip, o traço esverdeado do monitor cardíaco descrevia uma ondinha. Diziam-me os médicos que eram os batimentos do coração, o único vestígio que prendia aquele já-não-ser ao mundo dos vivos. No entanto, estava morto, reforçavam os senhores da bata branca, a atividade cerebral parou, era apenas um cadáver, no qual, por engano, batia ainda o músculo da vida. Nada o podia já salvar, trazê-lo de volta.
Fui digerindo lentamente a ideia. Nunca mais o teria ali, comigo? Não voltaria a confidenciar-lhe os detalhes do meu quotidiano? Com quem iria eu partilhar sorrisos, lágrimas, amuos e momentos especiais? Tristeza!
O tempo foi passando e eu fui-me habituando à minha nova realidade. Estava sem ele e tinha de sobreviver a isso. Confesso que fui esquecendo. De vez em quando, vagos rumores recordavam-me a parte importante que ele tinha sido na minha vida, mas eu, talvez para me preservar, ia ignorando esses sussurros.
Um dia, o telefone tocou. Um milagre, coisa nunca antes vista, os médicos estavam espantados, embasbacados, pasmados... era a primeira vez que uma coisa destas acontecia no mundo: ele tinha recuperado da morte cerebral, tinha acordado, ao fim de meses transformado num vegetal, como se apenas tivesse estado a dormir, qual Bela Adormecida despertada pelo beijo quente do príncipe.
Corri para o teclado e abri-o. Sim, era verdade, o meu blogue estava de volta. Era meu outra vez e sentia que um mundo de coisas boas estava prestes a iniciar-se. Havia Coisas Doces na minha vida, novamente e isso só podia ser bom.

Estamos de volta! Sigam-nos que não nos perderemos!

quinta-feira, setembro 22, 2011

Por estes dias a linha entre o bem e o mal parece-me demasiado ténue para não ser ultrapassada. O amor ou o ódio, o riso ou as lágrimas, matar ou morrer!

quarta-feira, agosto 10, 2011

Ajudinha para dia 18



segunda-feira, julho 11, 2011

Com Tomar à cabeça





Houve Festa dos Tabuleiros, este ano e eu estive lá.
Para ser sincera, não sei grande coisa sobre a festa nem me apeteceu pesquisar, mas gostei muito de tudo o que vi: as ruas engalanadas com flores de papel, os trajes dos casais que desfilam com os tabuleiros, o orgulho estampado na cara de todos os locais, e claro está os tabuleiros (que eu só vi à distância).


segunda-feira, abril 25, 2011

Ai, ai a vida!!!

domingo, janeiro 16, 2011

Apetece-me


Ó meu Deus, já Janeiro vai a meio e eu nada de escrever coisas por aqui. Se fosse paga à linha, já andava à míngua há algum tempo! Mas também há alguma coisa que valha a pena registar?

O tempo anda cinzentão; não chove, é certo, mas também não faz sol e o nevoeiro tem marcado as horas... verdadeiros dias para regresso de reis perdidos...

A campanha eleitoral para a Presidência da República mais parece uma discussão de peixeiras eruditas, é um "disse-que-disse" requintado que, espero eu, ponha a populaça a pesquisar no dicionário: vil, torpeza, calúnia, ... entre outras pérolas de sabedoria e retórica.

Depois da adrenalina natalícia, fica o frio, o vazio, a preguiça, o mau humor... E o Carnaval ainda vem longe, a Páscoa está a anos-luz e nada de feriados no calendário. A depressão!!!

Os noticiários volteiam entre as enxurradas do Brasil, as cheias da Austrália, a morte do Carlos Castro e pouco mais. Ainda bem que o presidente do SCP se despediu. Sempre dá para variar o discurso.

No meio de tanta "mesmice", só me alenta a descoberta de uma casa de chá fofinha, fofinha. Chama-se Ó Chá, fica em Alvalade (eu ando toda em zonas chiques, este ano) e é uma ternura na decoração, no serviço e na qualidade de tudo o que serve. O empregado também não está nada mal e por tudo isso acho que voltarei.

 
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