Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou.

Miguel Sousa Tavares, Rio das Flores

Num romance que, na minha humilde opinião, é apenas medíocre se comparado com Equador, D. Miguel, o Provocador Nato e o Odeia Professores, sai-se com esta preciosidade. Valeu a pena obrigar-me a ler até ao fim e confesso que, se já gostava um bocadinho dele (apesar de todas as suas provocações infundadas aos professores) agora gosto muito mais. Só se escreve assim quando já se sentiu e é preciso sentir para viver.

domingo, setembro 27, 2009

Para aproveitar os últimos dias de calor, antes de entrarmos no drama dos dias pequenos e frios, nada melhor do que uma comédia romântica. Esta está bem conseguida. Sem aspectos a destacar como sendo verdadeiramente geniais, também não merece criticas negativas. Cumpre os objectivos: fazer rir, despertar emoções e "encher a alma" com o tipíco happy end que todos sabemos totalmente atípico, mas de que gostamos sempre. As interpretações são razoáveis, bem como tudo o resto.
A registar, com nota francamente positiva, a cena final por conseguir surpreender

A votos...

Em dia de eleições, num ano particularmente rico nelas, queria só tornar pública a ideia de que, vença quem vencer, o importante é votar.
Não, não estou a debitar discursos encomendados por ninguém, apenas a emitir a minha opinião pessoal.
Votar é não só um direito como também um dever cívico. Votar é respeitar o trabalho e o sofrimento de todos aqueles que lutaram por essa possibilidade, derrubando ditadores e actos eleitorais menos claros (ou totalmente escuros, mesmo). Votar é ainda, para nós mulheres, um dever de classe (ou de sexo, se preferirem) em sinal de reconhecimento por todas as lutas a favor do voto feminino.
Dentro de 15 dias há mais!!!

Como se escreve... em português correcto???

CAPRIXO ou CAPRICHO???
Deixemo-nos de parolices. Comprem-se correctores ortográficos!

domingo, setembro 20, 2009

Apetece-me...

Anotações

Desta vez não houve reclamações nem comentários ao facto de já há muito nada escrever por aqui, mas sei que aguardam ansiosos (presunção à parte) mais uns pozinhos da minha veia literária.


I. A Morte
Não chega sempre de surpresa e, mesmo quando anunciada, provoca dor e devastação. Na verdade faz parte da vida, sem uma não haveria a outra e todos sabemos disso, quer a encaremos de forma mais pragmática ou mais espiritual. De qualquer forma custa e, por vezes, custa muito. Custa aceitar, enfrentar, recomeçar. Custa viver com a perda, mas há que aceitar que a vida nunca nos dá mais do que aquilo que conseguimos aguentar e, assim, devemos respirar fundo, engolir a tristeza e prosseguir, na certeza de que um dia outros sentirão por nós a mesma dor que sentimos agora pelos que partiram.
Força S. e prossegue. Estou aqui contigo.
II. Trabalho
Não sei se por ser ano de eleições, se por causa da quantidade exorbitante de colegas a quererem reformar-se, se por outro motivo qualquer... este ano já estou colocada e até Agosto de 2010. É maravilhoso!!!
III. Carácter
Cada um é como é e o segredo da vida em sociedade é aceitar o outro e respeitá-lo, esperando que ele faça o mesmo por nós.
Há coisas que me irritam nas pessoas: dizerem palavrões sem razão, darem-me palmadas enquanto falam comigo, falarem alto demais, vestirem-se com ar de Largo do Intendente ou de Conde Redondo, etc..., etc... Mas o pior mesmo é a falta de carácter, o desrespeito pelos outros, o achar-se superior a tudo e a todos.
O que fazer nestes casos? Nada. Ignorar e esperar que a vida faça o seu trabalho!
IV. Locais de Fim de Verão
Arrábida: praias bonitas e quase vazias; paisagens de encantar
Setúbal: rodízio de peixe no Clube Naval Setubalense - uma sangria delirante e um cheiro a fumo e a peixe grelhado que só sai esfregando muito
Sesimbra: praia simpática e sol brilhante que prepara a alma para os dias cinzentos
Esplanadas da Estação do Rossio: crepes com gelado para dizer adeus aos dias grandes
 
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