Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

9 factos: 3 mentiras e 6 verdades!!!

Aceitei o desafio da Fagottina e deixo algo parecido para quem queira tentar. O prémio??? Depois pensarei nisso, depende se o vencedor for uma lady ou um charme masculino...

1- Nasci em África.
2- Já vivi no Norte do país.
3- Ando à espera de uma borboleta.
4- Já fui a Marrocos.
5- Adoro a parte final dos Cornetto de chocolate.
6- Conheço mais pessoas em Rio Maior do que no local onde vivo.
7- Vi duas vezes o filme Sexo e a Cidade.
8- Já fui à opera.
9- Detesto as obras de Saramago.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

O Morto-Vivo

"Amor: A paixão está no ar, prepare-se pois o Cupido pode andar atrás de si. Vai estar bastante prudente em todos os seus actos, mostrando uma verdadeira confiança em si próprio e na sua inteligência."

E eu a pensar que o gajo se tinha suicidado...

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Os vencedores foram...

Para ver aqui: http://www.oscars.org/awards/81academyawards/nominees.html os vencedores da edição deste ano dos Oscares. Pode dizer-se que Benjamin Buton não ficou millionaire muito por culpa de um slumdog indiano que encantou tudo e todos.

A Morte do Cupido - cap. 2

"O seu plano tinha sido pensado ao pormenor. Decidira agir em casa, na sua própria casa. Assim conseguiria mais facilmente eliminar todas as provas do crime e estaria mais calma por estar no seu espaço, o mesmo que percorria, deambulando lágrimas, noites a fio a lamentar grandes amores perdidos, enquanto se apercebia da sua solidão irremediavelmente gigante e atormentadora.
Se tudo corresse como planeado a coisa iria processar-se mais ou menos desta forma: iria pôr-se à janela e fingir-se-ia interessada num qualquer transeunte ou vizinho, de forma a conseguir a atenção do idiota vesgo das asas. Quando ele chegasse sairia da janela, obrigando-o a entrar com o intuito de lhe acertar com uma das suas setas. Ela agiria depressa, fecharia a janela, assim que ele entrasse, para não lhe permitir a fuga e depois persegui-lo-ia com uma rede de borboletas. Assim que o apanhasse, iria metê-lo no forno, abriria o gás e esperaria que ele ficasse insconsciente. Não podia deixar o gás aberto muito tempo, pois corria o risco de se intoxicar a si mesma. Em seguida, ia afogá-lo na banheira. Inconsciente, ele não ofereceria qualquer resistência. Tinha esperança que, depois de morto, o corpo se diluisse na água tépida (sim, tinha enchido a banheira com água morna, afinal afogar uma criança em água fria parecia-lhe demasiado cruel), mas caso isso não acontecesse, carregaria o cadáver e enterrá-lo-ia no pequeno jardim à entrada do prédio. Até já tinha pensado, uma vez que mais ninguém se ocupava dele, plantar posteriormente uns bolbos de túlipas (sua flor preferida) que lhe tinham oferecido. Afinal, tinha que justificar a terra remexida e o adubo extra iria, de certeza, proporcionar linda flores.
Preparou tudo com antecedência e numa calma avassaladora que a enervava mais do que tranquilizava. Fez tudo como planeado, só que ... a criatura não apareceu. O sacaninha, filha da mãe, agora que era preciso não aparecia. Ficou furiosa! Já era noite escura quando admitiu a derrota e saiu da janela. Chorou de raiva e lamentou a sua impotência. Adormeceu tarde nesse dia e dormiu mal, agitada, nervosa, com sonhos estranhos e assustadores.
No dia seguinte acordou mais calma. Saiu para tomar café e comprar o jornal. Leu: "Encontrada criança morta. Ontem à tarde foi recolhido das águas do Tejo o corpo de uma criança que, segundo testemunhos de pessoas presentes no local, se terá suicidado, atirando-se ao rio Tejo. Fontes policiais indicam que o acontecido está envolto em mistério. A criança estaria disfarçada de Cupido, mas, garante fonte próxima do Instituto de Medicina Legal, até ao momento ninguém conseguiu despir o disfarce nem realizar a autópsia, apesar de todas as tentativas feitas e meios usados. Numa das dobras do lençol que envolvia o corpo foi encontrado um bilhete de suicídio que justificava o acto com o facto de estar, e passamos a citar, "cansado de ser incompreendido". As investigações irão continuar."
Baixou o jornal e chorou copiosamente..."
A autora deste blogue informa que este texto, continuação de outro anteriormente publicado, é de autoria anónima. Esta segunda parte só foi escrita a meu pedido, para satisfazer a curiosidade de muitos dos meus leitores mais assíduos. A autoras, do texto e do blogue, querem esclarecer que ambos os textos são ficcionais e que qualquer semelhança com a realidade terá sido pura coincidência. Mais informam que o conteúdo do que aqui se publicou pode ferir susceptibilidades e não é recomendado a pessoas sensíveis ou românticas.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A Morte do Cupido

"Pois é, tinha chegado a altura do ano em que caminhava pelas ruas sem poder olhar para as montras. Era horrível, deprimente, estavam todas decoradas em tons de branco e vermelho e exibiam coraçõezinhos, cupidinhos, ursinhos e outras coisinhas fofinhas e incrivelmente produtorazinhas de vómitos. Enfim, verdadeiras ofensas visuais. Pelo menos era o que tentava pensar, mas sabia bem que apenas detestava o Dia de S. Valentim porque nunca o tinha podido celebrar e isso deixava-a triste, agressiva até. Nessa altura pensava mais e com maior amargura na frase que a irmã lhe dizia, sempre que a procurava para chorar mais uma desilusão amorosa: "Menina, tens um íman para a desgraça!" E era verdade. A sua vida amorosa assemelhava-se claramente a um choque em cadeia; cada embate era mais violento que o anterior e, com o passar dos anos, sentia que o seu coração se tinha transformado numa sucata enorme, na qual se acumulavam toneladas de chapa retorcida e sem aproveitamento. Por isso tomara aquela decisão. Não fora de ânimo leve, tinha pensado muito, analisado bem a situação e todas as possibilidades que daí poderiam advir. Fizera também muitas pesquisas cibernéticas e bibliográficas para julgar a validade daquilo que pretendia e não ser surpreendida com efeitos indesejados. Tinha decidido matar o Cupido. Afinal de contas, era ele o responsável por uma boa parte da infelicidade mundial, para não falar já da sua infelicidade, aquela que lhe doía pessoalmente e que a obrigava a gastar resmas de lenços de papel e a devorar quilos de chocolates. O Cupido tinha de morrer. Desenganem-se os que dizem que o Cupido é uma figura mitológica, lendária, sem existência física. Se a Morte segundo Saramago pode viver as suas intermitências, tirar folgas e fazer greve, porque não poderá uma alma sofredora por amor matar o responsável pelo seu sofrimento? Mas nem sequer via isso como um favor feito apenas a si mesma. Não seria ela a única a chorar por amor. Quantos biliões de pessoas não o teriam já feito? A quantas guerras, disputas, conflitos, mortes e outros acontecimentos trágicos não teria ele, o Cupido, dado origem. Sim, era ele que disparava as setinhas causadoras de paixão, mas o filho da mãe devia ser vesgo ou então não tinha ainda percebido que as setas deviam ser disparadas aos pares. Mas tinha chegado a hora dele. Tinha tudo planeado e não iria deixar-se comover pelo ar de criancinha rechonchuda que o dito ser angelical ostentava. Pensava agora nele como uma criança obesa e possuidora de deformidades fisicas (as asas), o que justificava plenamente o seu homicídio. E acreditava mesmo que o mundo seria muito mais feliz sem amores e sem paixões. Todos viveriam em estado neutro, sem exaltações da alma, sem ardores desmedidos e, o mais importante, sem choraminguices e desesperos. Estava decidido, o Cupido tinha de morrer. Nem sequer devia ser muito difícil matá-lo, ele era pequenino, seria fácil de aniquilar. Claro que nunca tinha cometido um homicidio e isso enervava-a, mas os filmes policiais que fora vendo, ao longo da vida, deviam dar uma ajuda.

Naquele dia, tinha decidido agir..."

Texto de autor desconhecido e sem certezas de continuação

domingo, fevereiro 08, 2009

...and the oscar goes to...

Entretanto, enquanto aturamos a chuva que insiste em não parar de cair esperamos pelo brilho do sol mais luminoso e primaveril concentremo-nos nos Oscares...

Giselle

A nova pessoa que vou tentando ser (ainda não percebi se realmente estarei a progredir nesse sentido!!!) achou que devia experimentar coisas novas, desconhecidas (legais, bem entendido). Afinal, a vida são dois dias e vale a pena experimentar um bocadinho de tudo. Entusiasmada, decidi ir ao ballet. Não era nada que já não tivesse querido experimentar antes, mas por motivos vários a empresa foi sendo adiada. Desta vez consegui.
Coliseu de Lisboa, Giselle pela Companhia Nacional de Bailado da Moldávia. Foi muito bom!
Giselle conta-nos a história de uma jovem que se apaixona por um príncipe disfarçado de camponês. Um outro jovem, apaixonado por Giselle, desvenda o mistério e revela não só a identidade do príncipe como também o facto de este estar noivo. Giselle não suporta a dor, enlouquece e mata-se. Não podendo ser enterrada em terreno sagrado, por se ter suicidado, Giselle é enterrada na floresta e o seu espírito é despertado por um grupo de fantasmas de outras raparigas que se tinham suicidado também por amor.
O jovem que desvendara o mistério e o príncipe visitam o túmulo de Giselle. O primeiro é perseguido e morto pelos espíritos. O príncipe recebe a visita do fantasma de Giselle que o perdoa e o defende dos ataques dos espíritos, salvando-o.
Ao romantismo da história deve juntar-se a beleza dos movimentos, a intensidade da música, a graciosidade dos bailarinos e a elegância dos tules. O resultado é belo, muito belo mesmo, em certos momentos da coreografia.
Uma experiência a repetir...

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Quase, quase... eu irei lá estar.

 
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