Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

quarta-feira, julho 30, 2008

Japa(nese) Experience II

Tudo começou com um shot de saké* e licor ou xarope de morango (da parte do morango eu tenho a certeza) num rosa pálido que, obviamente e por ser cor-de-rosa, só podia ser agradável.
Seguiu-se um ceviche* comido a dois pauzinhos mais ou menos hábeis e, posteriormente, um teppanyaki* de salmão. Apesar da destreza demonstrada no manejo das madeirinhas para comer, aceitei a simpática oferta de talheres ocidentais, não fosse o "diabo japonês tecê-las".
Mas, como o que é bom aparece sempre no fim, o momento alto da refeição foi sem dúvida a sobremesa. O petit gâteau com gelado deve ter pouco de japonês, mas tem muito de sublime e divinal. Vale a pena a espera dos 15 minutos de confecção (fossem 30 ou 45 valeriam sempre a pena), até porque o saké e o vinho empurram a conversa e o espaço é agradável e bonito.
Por tudo, mas principalmente pelo prazer da sobremesa, aconselho o restaurante Japa, na Praça do Campo Pequeno.
*Para quem precisar de tradução aqui fica: www.japa.pt

sexta-feira, julho 25, 2008

O Sexo e a Cidade

Confesso que, quando olhei para o bilhete para saber qual a sala em que deveria entrar para rever (sim, rever... fui ver duas vezes) o filme e li Love Room, fiquei desconfiada. Ao entrar deparei com um anfiteatro de cadeiras aos corações e aí assustei-me a sério. Convenhamos que não é o ambiente ideal para quem está em ressaca amorosa.

Mas valeu a pena. Valeu cada cêntimo dos dois bilhetes. Valeu cada coração pintalgado no veludo das cadeiras. Este filme de Michael Patrick King é tudo o que devia ser: bom, feminino, emocionante, divertido, sensual, glamouroso... enfim é O Sexo e a Cidade.

Para quem conhece a série, os 135 minutos passados de retina colada à tela provam que o ambiente retratado respeita a acção e todos os pormenores a que os episódios televisivos nos habituaram. Para quem não conhece é feito um resumo inicial que permite "apanhar" os aspectos principais e assim seguir a história.

Na eterna Nova Iorque, as quatro amigas - Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte - tentam conciliar amor, trabalho, família e todo o ambiente cosmopolita que as envolve, sempre em busca de dois aspectos essenciais: amor e marcas. A ironia e a audácia permitem-lhes viver intensamente as emoções que a vida lhes traz e o público vai saltando da lágrima teimosa para a gargalhada sonora, enquanto acompanha os amores e desamores das inseparáveis amigas.

Um filme a não perder. Excelente retrato do que é actualmente a mente feminina (em ambiente cosmopolita). Óptima relação com a série. Excelentes desempenhos. Boa banda sonora.

Ideias que ficam na cabeça:

  • o que importa é o amor e, por isso, devemos perseguir a vida que nos permita dizer que somos felizes todos os dias, mesmo que para isso tenhamos que abandonar pelo caminho coisas ou pessoas das quais gostamos muito
  • os amigos são a melhor coisa que podemos ter na vida: são eles que riem connosco, que nos limpam as lágrimas e que nos acordam para a vida, quando achamos que viver já não vale a pena

domingo, julho 20, 2008

O motivo do silêncio...


... é a vontade de alcançar o silêncio definitivo, aquele do qual nenhuma alquimia é capaz de nos arrancar, aquele que nos fecha numa bolha de segurança, impedindo-nos de voltar a chorar. Mas dar o passo que nos leva a esse silêncio exige a coragem suprema, a força desmedida que sabemos não ter. Então resta esperar, ir arrastando a respiração por esta vida miserável, sendo apenas um "cadáver adiado" que nem sequer procria, mas queria, queria, queria...
 
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