Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Roubado ao gmail

me: olá gaja
tdo bem?
H: oi, coisinha doce
me: lol
H: andas a postar pouco... é bom ou mau sinal?
me: não tenho nada para dizer, pelo menos nada de interessante
H: não tens nada para dizer?! estás viva, tens olhinhos e ouvidinhos, sentes, lês
me: lol
H: e não tens nada para dizer ao mundo?!
me: pois... parece que não
H: não te esqueças do terceiro mundo que espera uma palavra tua, que bebe das tuas palavras...
me: lol ai bebe???
H: bebe, bebe
me: tadinhos... ainda apanham cólera
H: e eu tb. vou lá muita vez... humildemente! ver se há coisas doces para iluminarem o meu dia
me: pronto... eu postarei quelque chose
H: então que fazes? é altura de depressão ou apenas de fazer nada?
me: é mais fazer pouco, contar dinheiro, esperar o início do ano e dos ordenadinhos
Helena: palavra-tabu!!!
me: lol
Helena: outra palavra-tabu!!!

Este post é uma homenagem aos amigos que nos incentivam a continuar as boas produções culturais deste país e a toda uma geração que vive no limbo do (des)emprego.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Beijo petrificado


quinta-feira, agosto 23, 2007

De volta à terra




Pronto, apesar do voo agitado e da greve da Grounforce, estou de volta a Lisboa e com bagagem e tudo... É bom estar de volta! Fazia-me falta esta luz e este sol.


Aqui sou feliz!!! (música de fundo... a Sara Tavares a cantar "Deixa a janela do sorriso aberta...")


segunda-feira, agosto 20, 2007

Dublin VIII

Dia passado em casa porque de manhã "chovia que Deus a dava". Além disso tinha que preparar a mala porque o regresso faz-se esta madrugada. Despedi-me dos muffins, da amiga e do país.

Para mais informações sobre a Irlanda:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_da_Irlanda

domingo, agosto 19, 2007

Dublin VII




O frio voltou e ainda que a chuva tenha dado tréguas o céu continua cinzento, triste e ameaçador. Começa a contagem decrescente para voltar a Lisboa. Hoje demos um pulinho a Dunlaoghaire (lê-se "dunleary"... vá-se lá saber porquê!!!). Cidade portuária sem nada de excepcional para mostrar. A juntar ao tempo choroso, o facto de aos domingos tudo estar fechado contribui para o ar pouco feliz das coisas. O frio impossibilitou um passeio mais calmo junto ao porto. Fica para a próxima... para quando houver sol que, diz quem cá mora, existe... Eu sinceramente começo a desconfiar.

sábado, agosto 18, 2007

O dia molhado, embora menos frio, não deu vontade para grandes passeios. Uma rápida incursão a Grafton Street para entrar e sair numas lojinhas e gastar alguns euros e um almoço numa tasca italiana de referência preencheram a agenda. Chama-se Steps of Rome, não é excessivamente caro, ao contrário de tudo neste país e deu para matar saudades da bica. As pastas e as saladas tinham um aspecto delicioso, as pizzas, que me tinham sido bastante aconselhadas (vais levar uns tabefes, L.) não me agradaram. Talvez sejam as saudades que me fazem perder o gosto... Lisboa começa a fazer-me falta!

Dublin VI


HAPPY BIRTHDAY TO ME! HAPPY BIRTHDAY TO ME!..... la...la...la...la...
Dia de anos celebrado ao sabor da chuva irlandesa. Como já sou uma viciada em muffins, nada melhor do que apagar as velas deste saboroso bolinho. Bonito, não acham?
Aproveito para agradecer todas as demonstrações de carinho que me enviaram. Agora é só aprender a gerir a vida com mais um ano em cima...

sexta-feira, agosto 17, 2007



Para chegarmos a Malahide, o percurso leva-nos a Howth, uma vila agrícola costeira bastante agradável e donde podemos apreciar vistas belíssimas da baía de Dublin. As paisagens são de cortar a respiração e lá se avistam, de quando em quando, umas praiazinhas despovoadas porque a temperatura do ar, e deduzo que a da água, não convidam ninguém a banhos.
A excursão foi excelente e valeu bem o dinheiro. A guia era simpática e explicava de forma calma e divertida as origens das casas, igrejas, vilas e parques com que nos iamos cruzando: a vila onde nasceu Bramstoker, o autor de Drácula; a escola onde estudaram os membros dos U2; etc...
Há imensos operadores e uma variedade enorme de percursos à escolha. São uma boa ideia para conhecer os arredores e outros pontos de interesse turístico da Irlanda.
O regresso ao centro da cidade já se fez debaixo de chuva intensa, mas fez-nos entrar na verdadeira hora de ponta dublinense... caótica e lenta como a lisboeta, talvez com menos buzinas...



Depois de almoço, partimos numa excursão de autocarro aos arredores de Dublin. Destino: Howth, baía de Dublin e Castelo de Malahide.
O castelo é simplesmente maravilhoso. Rodeado de muitos acres de espaços verdes, o edíficio que data do séc. XII, oferece aos visitantes um regresso ao passado. Trata-se de um dos mais antigos castelos irlandeses. Pertenceu à família Talbot até 1975, data em que a única descendente ainda viva (tem cerca de 90 anos actualmente e vive na Tasmania) o vendeu ao Estado irlandês. Seguindo as indicações da visita guiada, vamos apreciando uma bela colecção de móveis e retratos históricos que nos desvendam conhecimentos e segredos da história da Irlanda e da família Talbot.
No fim da visita e antes da exploração dos espaços verdes envolventes, é aconselhável uma ida ao restaurante do palácio. Percebi que, quando regressar, vou sentir imensas saudades de muffins e cappucino.

Dublin V



Aproveitando o facto de não chover, começámos o dia em St. Stephen's Green, uma praça central da cidade, junto a Grafton Street. Os edíficios que rodeiam o enorme jardim são de estilo georgiano, mas têm sido excessivamente explorados, nos últimos anos, pelo mercado imobiliário.
O jardim é grande e muito bonito. Espaços verdes amplos e bem tratados, um lago com patos e vários espaços de descanso que são devidamente aproveitados pelos habitantes de Dublin. É usual ver os bancos encherem-se de pessoas na hora do almoço, aproveitando o sol (que brilha, de vez em quando) ou simplesmente desfrutando o ar livre.

quinta-feira, agosto 16, 2007



O resto do dia de passeio foi ocupado junto ao rio Liffey que corta a cidade em duas partes.
O frio apertou e o regresso a casa tornava-se urgente. Amanhã fazemos uma pequena excursão aos arredores.

Dublin IV


O dia amanheceu bastante solarengo, mas o sol irlandês é o verdadeiro "sol de pouca dura". Não tardou que viesse a chuva e o frio. Não esqueçamos que num dia irlandês passamos pelas quatro estações do ano.
Entre aguaceiros, veste casaco e despe casaco encontrámos por acaso Whitefriar Church, igreja onde estão depositadas as relíquias de S. Valentim. Trata-se de uma igreja católica, na qual ficámos surpreendidas por encontrar uma imagem do nosso Sto. António.
Quando saímos chovia bastante o que nos obrigou a procurar refúgio no café mais próximo. Excelente cappucino a acompanhar um belo scone!

quarta-feira, agosto 15, 2007



O dia terminou já sob chuva num passeio rápido pela Grafton Street, a rua mais comercial da cidade. Entre as montras das lojas de luxo, os músicos de rua e os mimos animam o passeio. Com saudade lembrei-me da nossa Rua Augusta em dias de sol...




Prosseguimos com uma visita ao Trinity College. Universidade fundada em 1592 por Elizabeth I. A maior parte dos seus edifícios são imponentes e muito bonitos. Datam dos sécs. XVIII e XIX. Destacam-se, entre outros, o campanário com cerca de 30m de altura e a antiga Biblioteca. Esta permite-nos visitar a Long Room, galeria de 65m de comprimento e 15m de altura que alberga cerca de 200 000 livros antigos. Para além de inúmeros bustos de escritores famosos (Yeats, Shaw, Beckett) podemos observar a mais antiga harpa da Irlanda, representada no verso das moedas de euro irlandesas.
Antes de chegar à biblioteca propriamente dita, temos de apreciar The Book of Kells, um manuscrito, provavelmente do séc. VIII, da autoria dos monges de Kells que apresenta a transcrição do Novo Testamento. Trata-se de um dos mais preciosos livros do mundo, não só pela sua antiguidade, mas também pela beleza e riqueza da sua caligrafia e dos seus desenhos.

Dublin III




O dia amanheceu chuvoso e mais frio que o de ontem. Lá nos aventurámos cidade dentro, tentando escapar aos aguaceiros. Começámos por Merrion Square. Jardim romântico que complementa uma praça georgiana de edifícios austeros mas de portas coloridas (tipicamente irlandesas).
Numa das esquinas dessa praça fica a casa onde Oscar Wilde viveu a sua infância. No jardim encontramos uma estátua dedicada ao famoso escritor.
De destacar a beleza do jardim e o cheirinho a relva que nos acompanha enquanto o percorremos.

terça-feira, agosto 14, 2007



Castelo de Dublin: Mandado construir no séc. XIII pelo rei João, foi inicialmente uma fortaleza medieval, transformada mais tarde em tribunal do vice-rei. É o símbolo do domínio inglês, cujo governo durou 700 anos, e foi entregue ao Estado irlandês em 1922.
Actualmente é utilizado principalmente para cerimónias. Oferece aos visitantes um percurso através de aposentos reais, pátios e museus.

Dublin II




O dia amanheceu com sol, apesar de o casaquinho ser indispensável. Aproveitámos para começar a explorar a cidade.
Dublin está dotada de uma rede de autocarros eficaz que permite deslocações fáceis. Lá fomos num bus de dois andares, onde se deve cumprimentar o motorista com simpatia, até ao city centre. A partir daí partimos à aventura. Duas gajas e um mapa e seja o que Deus quiser! Não nos perdemos e fomos onde queriamos. Começámos pelo percurso espiritual: St. Patrick's Cathedral e Christ Church Cathedral. Ambas relativamente próximas uma da outra, o que é estranho, mas facilita o percurso turístico.
St. Patrick's Cathedral (1ª foto): conhecida pela "catedral do povo", é o símbolo da igreja protestante na Irlanda e situa-se no local onde se diz que St. Patrick terá convertido os cristãos pelo baptismo, em 450. Erigida no séc. XIII e várias vezes reconstruída foi acompanhando a história da cidade, ao longo do tempo. No seu interior podemos encontrar uma variedade imensa de coisas: lápides celtas, estátuas de personalidades várias (escritores, figuras históricas, deões da catedral, músicos, etc...), sepulcros, placas comemorativas. Destacam-se a Capela da Virgem, o Coro, o orgão e a Porta do Capítulo (esta assinala o desfecho amigável da contenda entre o Conde de Ormond e o Conde de Kildare, em 1492).
O espaço é interessante, mas está excessivamente cheio de "coisas" para além de se ter transformado numa autêntica loja. A entrada é totalmente ocupada por aquilo que mais parece ser uma loja de souvenirs. Perde-se a noção de que se trata de um local religioso.
Christ Church Cathedral (3ª foto): Construída no séc. XII, no local onde fora demolida a primeira igreja de Dublin (em madeira), esta catedral esteve sob a alçada da igreja protestante e ainda hoje, em conjunto com a St. Patrick's Cathedral, continua a ser utilizada pela Igreja da Irlanda. Destacam-se a nave principal com 25 m de altura e arcos góticos, a capela de St. Laud, o Coro e a Lady Chapel. Muito interesante também é a cripta que se estende sob quase todo o edifício. Aí podemos apreciar uma pequena exposição de objectos litúrgicos, entre outros.
De destacar também a Ponte para o Synod Hall (construção posterior que completa o edifício e que alberga a Dublinia, uma recriação medieval de Dublin, a partir de meios audiovisuais).

Dublin I

Eis-me chegada a Dublin. Depois de uma aterragem simpática, dei comigo dentro de um aeroporto feio e escuro, confuso e pouco funcional. Fez-me pensar que se Lisboa precisa da Ota, Dublin tem uma mega necessidade de outro aeroporto.
Já na companhia da amiga L., o primeiro percurso pela cidade foi agradável. Arquitectura tipicamente inglesa que se conjuga perfeitamente com o ar cinzento do céu e das pessoas.
Principal nota do dia: sair de uma temperatura de cerca de 30 graus, para uma de mais ou menos 20, provoca uns arrepios bem frios.

sábado, agosto 11, 2007

Este blogue vai viajar...
Aproveito para agradecer a quem contribuiu para que este blogue ultrapassasse as 5000 visitas.
Obrigada!
Volte sempre.

Um brinde às emoções da vida

Há momentos na vida que nos fazem sentir num carrossel mágico. Damos uma volta e quando voltamos ao ponto de partida está tudo diferente ou não estará, mas aos nossos olhos assim parece. São estes momentos que nos fazem avançar, progredir, evoluir e, acima de tudo, trazem-nos uma sensação de bem estar que faz com que tudo valha a pena. Derrubamos barreiras, ultrapassamos obstáculos, vencemos medos e reaprendemos aquele riso genuíno que vamos perdendo a cada adversidade da vida.
Estes momentos merecem um brinde, por isso levanto a minha taça às motas e aos capacetes e, principalmente, àqueles que sabem ajudar-nos a vencer o medo e a alcançar imagens mais coloridas da vida.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Por Culpa de Fidel

Filme francês, de Julie Gavras que nos conta a história de Anna de La Mesa, uma menina de 9 anos filha de uma francesa e de um chileno. Anna vive confortavelmente no seio de uma família abastada. Adora princesas e o mundo cor-de-rosa em que vive. No entanto, a chegada da tia e da prima espanholas, fugidas do regime de Franco e a consequente visita dos pais ao Chile vem perturbar o seu mundinho regrado e correcto. Os pais reavivam os ideais da sua juventude e decidem mudar de vida, associando-se a movimentos antiditatoriais e defensores da liberdade. E, de repente, o mundo da menina enche-se de "barbudos vermelhos", de novas realidades, de dificuldades até aí desconhecidas. É o seu contacto com uma dimensão nova da vida e Anna tem de aprender a vivê-la.
Vale muito a pena! Definitivamente a não perder (quase a sair de cena)!
No meio dos assuntos sérios, há momentos hilariantes, como não podia deixar de ser. Com este filme entramos na dimensão infantil da vida e aprendemos a perceber a forma como as crianças encaram as novidades.

sábado, agosto 04, 2007

A minha primeira vez...

... num restaurante japonês!
O que é que essas mentes perversas estavam a pensar?
Chama-se Aya, fica no C.C. Twin Towers e foi a minha primeira experiência com a comida japonesa. A decoração é elegante e sobriamente japonesa. O ambiente é descontraído, mas requintado. O serviço é excelente. É o espaço ideal para um convívio saudável e divertido entre amigos ou para um jantarzinho mais íntimo. Condição essencial: gostar de comida japonesa ou ter abertura de espírito e alma aventureira para comer só com pauzinhos (não há garfos nem facas) e experimentar os aromas e paladares do peixe crú.
Ponto 1 - os pauzinhos não são assim tão intimidantes. Entre virar e revirar, dedo aqui e dedo ali e umas quantas tentativas frustradas, ao fim de algum tempo, já conseguem agarrar uma única ovazinha de peixe (salmão?).
Ponto 2 - o peixe crú, o tal do sushi, é... inócuo. Nem bom, nem mau. Provei apenas, confesso; não lhe dei pontuação máxima, mas também não é nada que obrigue a uma ida em alta velocidade até ao WC mais próximo. Para além disso há imensos vegetais e peixe cozinhado. Garantidamente, nem o mais renitente passará fome.
O aspecto visual dos pratos convence e atrai. Tentar descobrir o que é cada um dos ingredientes que se nos apresenta torna o serão agradável e divertido (conselho: não apostem, podem perder).
Cotação final numa escala de 0 a 10? Entre 8 e 9, porque pode sempre melhorar...
 
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