Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Smart Experience

Os deuses, na sua infinita bondade e sapiência, decidiram proporcionar-me um fim-de-semana com um Smart. Uma daquelas baratinhas com rodas que se vêem a circular cada vez com mais frequência nas nossas cidades caóticas. E... maravilha das maravilhas, aqui a moi que até era avessa às aventuras da condução achou tanta piada à coisinha que somou duzentos e vários quilómetros e gastou 4 ou 5 pauzinhos de gasolina. Ele foi ponte para cá, ponte para lá, ora uma, ora outra, atravessando a fronteira entre a capital/civilização e a outra banda/deserto.
O carrinho é um espanto! Ágil, versátil, de fácil condução, de ainda mais fácil arrumação (entenda-se estacionamento) proporciona enorme prazer e uma boa sensação de segurança. É que por dentro não se sente o carro pequeno, bem pelo contrário. Espaçoso, compacto, confortável, ainda tem espaço para utilidades como suportes vários. Dotado dos mais recentes equipamentos de segurança, quem o conduz não se sente a navegar numa casca de noz. Disponivel numa enorme variedade de modelos (a mim também pareciam todos iguais, mas não são) e numa gama variada de cores (o amarelo e o laranja são de arrasar corações), garanto que, depois de experimentar, se fica contagiado com o vírus da smartite. É que para ser perfeito, perfeito, mas mesmo perfeito só lhe faltava ser mais barato...
Estou a pensar enviar este post a um concessionário Mercedes. O que acham???

quarta-feira, novembro 21, 2007

A costureira e o amor II

Convém não esquecer as picadelas, os nós da linha e a mega dificuldade que é enfiar o fio no buraco da agulha...

A costureira e o amor!

Encontrar o homem certo é como tentar pregar um botão sem perceber nada de costura: tentamos enfiar a agulha no buraco e falhamos, voltamos a falhar e falhamos novamente... até que conseguimos acertar e o botão fica preso........................................ até se soltar novamente ou até nos fartarmos da roupa!!!

terça-feira, novembro 20, 2007

Uma das coisas que me dá prazer fazer quando o cansaço começa a atingir níveis preocupantes e não há ninguém com quem teclar no msn, mas ainda é cedo para ir dormir, é reler os posts antigos. Abaixo apresento o de Novembro do ano passado...


"Orgulho e Preconceito" (porque não me canso de ver este filme)
"Se ainda sente o mesmo que em Abril passado, diga-mo de uma vez. As minhas afeições e desejos não mudaram. Mas uma palavra sua silenciar-me-á para sempre. Se, contudo, os seus sentimentos se alteraram... teria de lhe dizer que me enfeitiçou corpo e alma, e eu amo... eu amo... Eu amo-a. Não quero jamais separar-me de si, de hoje em diante"(Mr. Bingley, interpretado por Matthew Macfadyen)
Afinal vale a pena esperar por uma declaração de amor assim, ainda que pelo caminho, as linhas da vida nos façam tropeçar frequentemente em enganos, obstáculos, buracos e afins.Vale a pena esperar e acreditar que um dia pode acontecer.Esperemos então... sentados, claro... não vá o Diabo tecê-las!

Andava inspirada, não?
Continuo a amar este filme que ainda não consegui comprar em dvd e que estou proibida de voltar a alugar (os srs. do Blockbuster ameaçaram que chamavam o Inem psiquiátrico se eu tentasse de novo... :).
Quanto à espera, ainda não percebi se realmente abdicamos dos nossos sonhos ou se, perante as curvas da vida, apenas os congelamos, na esperança mais ou menos vã de um dia os voltar a recuperar, realizando-os.

domingo, novembro 18, 2007

Depressão de domingo à noite!

Que outro nome lhe posso dar senão depressão de domingo à noite??? Talvez depressão de domingo à tarde, porque no meu caso ela começa logo após o almoço do dia da missa (não é que eu vá... se calhar é por isso!). Todos os domingos, sou invadida por este sentimento de frustração. Revejo a semana que passou, os êxitos e/ou fracassos que alcancei e não me consigo animar. Penso no tal do fim-de-semana, nas coisas boas e nas menos boas, mas a falta de animação continua. O final do ”fim-de-semana” traz-me sempre angústia, frustração e um início de ansiedade, à qual não sei atribuir uma razão plausível. Nem é pelo início de mais uma semana de trabalho. Este, pelo menos, tem o dom de manter a minha cabeça ocupada e de não me fazer pensar na vida que até nem é uma vida angustiante nem tão pesada que mereça ser assim avaliada em contexto depressivo. Eu sei bem disso. Mas então porquê este sentimento estranho, este aperto no peito, esta sensação de perda, esta quase vontade de chorar?
Quando a alma dói por algum motivo, essa sensação ganha contornos inexplicáveis e gigantescos, ao domingo. E as alegrias? Parecem ser "esquecidas" ou, pelo menos, escondidas porque não as sinto dessa forma. Porque é que estes traumas me assolam sempre no final de Domingo? Que tem ele de tão especial? Alguém me disse que devia ver o final de domingo como um dia a menos para a chegada de um novo fim-de-semana. Também já me disseram que se sei que vou entrar em colapso, posso prever a crise e evitá-la. Como?
Já tentei pensar só em coisas boas e bonitas. Recordar os sóis do fim-de-semana. Reanimar a boa disposição de sexta-feira. Fazer só coisas que me agradem. Não trabalhar (ou em tentativas mais agudas de cura, não "fazer a ponta de um corno"). Entupir-me de chocolates. Vegetar em frente ao televisor. Nada! O resultado é nulo! A angústia, a crise de ansiedade continua. É quase uma falta de ar, uma vontade irrepremível de qualquer coisa que não sei o que é.
Será que existem antidepressivos para tomar só aos domingos de manhã???

quinta-feira, novembro 15, 2007



Amadeo de Souza Cardoso, Parto da Viola

Se o nosso espírito fosse uma viola que, de vez em quando, parisse as suas entranhas o que sairia lá de dentro? Que mundos novos ou antigos revelariam? E que cores teriam? Que aromas exalariam?

Mas o nosso espírito é uma viola que pare as suas crias. Nós é que nem sempre as vemos, ou se as vimos, damos-lhe pontapés porque o encontro connosco raramente é pacífico.


terça-feira, novembro 13, 2007

Luzinhas...

Quando falamos de paisagens pensamos, em primeiro lugar, nas paisagens que podemos observar em virtude da luz natural. As paisagens nocturnas merecem a nossa atenção quando revelam algo de particular ou de espectacular — a beleza da mancha resultante da iluminação, um vulcão em actividade, uma trovoada, um período festivo com muita luz, como as luzinhas de Natal, um fogo-de-artifício ou as fogueiras dos SantosPopulares — ou seja, quando acontece algo que contraria a escuridão e cria um acontecimento com luz. Só muito raramente procuramos desfrutar a noite em busca da escuridão e, mesmo assim, o que queremos realmente são as condições ideais para podermos apreciar o luar ou o brilho das estrelas. A importância da luz no nosso imaginário é tal que raramente conseguimos beneficiar plenamente de outras paisagens que não sejam as visuais. Das paisagens dos sons e dos cheiros só muito raramente se fala e, ainda menos, se desfruta. No imaginário popular, a noite esteve sempre associada a todos os perigos — insegurança, criminalidade, desconforto... Até à vulgarização da iluminação, assim que o Sol desaparecia, as pessoas refugiavam-se em casa. Os espaços públicos só eram usufruídos após o pôr-do-sol, quando a luz artificial, como uma fogueira, ou a luz natural, como o luar, o permitiam. Em Portugal, a iluminação pública surge em 1780, em Lisboa, e utilizava o azeite como combustível; em 1848 foram introduzidas as primeiras luminárias a gás; em 1878 surgiram as primeiras experiências com a electricidade, que só passa a ser utilizada sistematicamente em 1929. [...] A iluminação começou por ter apenas funções de visibilidade e de segurança, assegurando uma melhor leitura do espaço à noite. Foi na Exposição Mundial de Paris, de 1900, que a luz surgiu pela primeira vez associada ao lazer, à criação de prazer e bem estar, à possibilidade de uma apropriação nocturna da cidade por todas as pessoas. A noite continuava a despertar medos, mas, devido a uma série de mudanças sociais, teve início uma nova etapa: a noite passa a estar associada também a aspectos positivos. É o momento do descanso, do lazer, da possibilidade de fruição do tempo fora do trabalho.
Teresa Alves, «Geo grafias da Luz», in Luzboa — A Arte da Luz em Lisboa, Lisboa, Extra jmuros[ associação cultural para a cidade, 2004.

domingo, novembro 11, 2007

Ora fazem favor de mandar vir o frio!!!
Não é que eu tenha saudades das golas altas, das botas, dos cachecóis e das meias grossas. Não! Nem sequer sinto falta de me sentir um chouriço de roupa, qual boneco da Michelin (ainda por cima agora que, com menos 5 quilos, pareço um corpinho danone)! Mas é que sem frio não tem piada brincar ao Natal... Parece que as luzinhas brilham menos, que as renas andam suadas e que o Pai Natal está á beira da apoplexia dentro daquele fato felpudo.
Assim não tem piada!
Já para não falar das tão prometidas brincadeiras à lareira que, desta forma, estão cada vez mais distantes...
É que não tem piada mesmo nenhuma!

sexta-feira, novembro 02, 2007

Definitivamente acho que a Bela Adormecida foi a gaja mais sortuda que existiu. Não por ter sido "feliz para sempre" ao lado do príncipe ideal, mas porque lhe foi dada a maravilhosa oportunidade de dormir durante 100 anos. Uma centena de 365 dias sem se preocupar com coisa nenhuma, ignorando todas as coisas más da vida, todos os problemas. Segundo consta a bela menina picou o dedinho numa roca envenenada, não foi? Alguém me diz onde posso eu arranjar uma???
 
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