Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

domingo, abril 29, 2007

Marc Chagall, O Violinista Azul

Resposta ao soneto abaixo apresentado

Querida Florbela,
definiu como ninguém o fanatismo amoroso, ou seja, definiu a paixão avassaladora que, por vezes, corrói corações e os faz estar ligados a qualquer coisa ou qualquer pessoa. Tudo o que disse é verdade, mas alegre-se. Há esperança! Um dia, por esta ou aquela razão, por uma coisa enorme ou por causa de uma coisinha microscópica, parte-se qualquer coisa no nosso coração e lá se vai paixão, lá se vai fanatismo. Nem sempre é um processo indolor, é certo. Por vezes o corte tem de ser induzido (como os partos) e isso dói (não há epidural), mas o mais bonito é que passa... tudo passa!
Alegre-se, então, e desfanatize-se.
Da sempre sua:
Coisas Doces

sexta-feira, abril 20, 2007

Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

Florbela Espanca

sexta-feira, abril 06, 2007

Um príncipe enfeitiçado? Um sapo disfarçado de príncipe? Um bicho nojento que só lá chega disfarçado? Não interessa! O que realmente importa é que todos tenham uma FELIZ PÁSCOA!

terça-feira, abril 03, 2007

Tasquinhas de Rio Maior

Pronto, já acabaram é certo, mas se não avisei mais cedo a culpa foi do blogger :)
Mas foi bom, como sempre aliás, porque não há nada melhor que um serão entre amigos à volta de bons petiscos. So faltava a sangria e um melhor equipamento de ventilação...

Apelo à CMRM: para o ano instalem um bom sistema de ventilação ou proibam o fumo dentro do recinto, criando espaços específicos para fumadores. É que, a partir de determinada hora, o fumo era tanto que estávamos todos à espera que, de entre as brumas, surgisse um qualquer D. Sebastião rio-maiorense.

2 Amores

Peça de Ray Gooney, trazida à cena por António Feio e José Pedro Gomes aos quais se juntam a bela e sensual Claudia Cadima, a divertida quase hilariante Maria Henrique e os igualmente cómicos António Machado e João Didelet.
O título e a referência musical que acompanha o abrir do pano, lembram o êxito de Marco Paulo, mas depois "não tem nada a ver" (e ainda bem...). O resultado é excelente!
Enquanto acompanhamos as aventuras de João para esconder a sua bigamia com a ajuda do amigo e vizinho Simão, o difícil mesmo é não rir. Tão difícil que nem os actores conseguem evitar o riso e essa empatia cria um ambiente descontraído e simpático entre o palco e a plateia.
Realmente imperdível, esta comédia! Ainda a tempo de ver no Teatro Villaret.
Agradeço os comentários e espero que agora seja de vez e que o blogger não volte a incompatibilizar-se comigo nem com o meu pc, porque já me fazia falta vir aqui e deixar uns desabafos mais ou menos doces.
 
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