Coisas Doces

Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.

domingo, setembro 30, 2007

Ideia...

"Se não encontras a tua metade da laranja, não desanimes, procura a metade do limão, põe-lhe açúcar, aguardente e gelo e sê feliz."
Parece que chegou o Outono. Preparem-se os casacos, os chapéus de chuva, as camisolas quentinhas e os cachecóis... E enquanto nos despedimos do sol quente de Verão, vamos pisando as folhas que estalam sob os nossos pés...

sábado, setembro 15, 2007

Os Fantasmas de Goya

Ao contrário do que o título indica, a personagem do pintor Goya apenas nos transporta pelos acontecimentos dos finais do séc. XVIII, em Espanha. O trabalho do pintor surge como um complemento aos vários avanços da história. Entre a intransigência da Inquisição espanhola e o despotismo das guerras napoleónicas, Goya, pintor bem sucedido e integrado na sociedade, tenta ajudar a salvar a filha de um amigo, presa pela Inquisição.
Ines surge como a verdadeira heroína que enfrenta a tortura, o cárcere e a loucura, sem nunca abdicar do homem a quem se entregara, ainda que para ser salva da prisão, e da filha de ambos.
Excelente retrato histórico, o filme de Milos Forman mexe com as emoções do espectador. Impossível não sentir medo, dor, piedade e até sorrir. A última cena é poderosa para além de muito bonita: apela e reforça a força da amizade, do amor, da loucura, da morte e da constante renovação do mundo... aconteça o que acontecer!
A não perder. Em cena.

terça-feira, setembro 11, 2007

Serviço Nacional de Saúde ou Uma Aventura no País da Miséria

Por muita água que se beba, fruta que se coma, desporto que se pratique e outras coisas igualmente saudáveis, de vez em quando os comuns mortais adoecem. Não é mais do que um aviso de entidades superiores a quererem chamar-nos a atenção para a nossa precaridade. Filosofias à parte, a verdade é que nem as autoras de blogues famosos ficam isentas dessas necessidades de médico, medicamentos e afins.

URGÊNCIAS NUM HOSPITAL DA LINHA DE SINTRA:
- serviço em obras; mais parecia um misto de sala de espera e estaleiro de obras com o barulho dos martelos e berbequins à mistura
- como era uma urgência de especialidade, o tempo de espera reduziu-se a uma hora
- médica estrangeira que por acaso até falava português (já não é mau)
- sala pequeníssima partilhada por 3 médicos que se revezavam no atendimento aos doentes
- aparelhos de observação antigos e praticamente amontoados uns sobre os outros
- os pacientes eram observados resguardados por uma cortina, enquanto o outro médico aproveitava para fazer a triagem de mais um doente do outro lado (se eu disser que se tratava de ginecologia, percebem a minha indignação?)
- o doente é que transporta as amostras para análise até ao laboratório, sem que ninguém explique onde fica o mesmo
- a descoordenação e a falta de entendimento entre serviços é bem visivel e o doente é que anda para cá e para lá até que alguém decida como se faz
- o diagnóstico foi nulo, excepto a ideia passada pela médica de que seria algo grave; teria que voltar no dia x para saber os resultados das análises (as tais que o próprio doente transportou de um lado para o outro)
[- uma ressalva à secretária das admissões e à enfermeira que fez as análises por terem sido as únicas pessoas simpáticas, capazes de sorrir]
URGÊNCIAS NUM HOSPITAL PARTICULAR ALI PARA OS LADOS DA EXPO:
- salas de espera confortáveis e elegantes (iluminadas, claras, limpas, sem ruídos desnecessários)
- enfermeiros e médicos simpáticos, eficientes que passam uma imagem de competência
- salas de observação espaçosas e privadas
- pede-se desculpa aos doentes, caso se interrompa a sua consulta (que ainda nem tinha começado)
- aparelhos de observação modernos e confortáveis
- diagnóstico confiante e decidido
- preocupação em amenizar o sofrimento do doente (afinal só quem sofre procura um serviço de urgência, certo?)
- auxiliares que acompanham o doente e explicam com confiança e decisão tudo o que se vai passar a seguir (o doente não tem de transportar nem um papelinho, excepto a receita, no final)
MORAL DA HISTÓRIA: é melhor ser um doente/cliente do que um simples doente.
UM CONSELHO: quando tiver mesmo que ficar doente, consulte o seu saldo bancário primeiro.

quinta-feira, setembro 06, 2007

"E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando;" (...)
Luís de Camões, Os Lusíadas, (vv. 5-6, est. 2, I)

domingo, setembro 02, 2007

Porto em 48 horas!

Sim, fui ao Porto.
Não, não assisti ao Red Bull Air Race (ouvi os motores dos aviões em pleno voo).
Foi excepcional!
Pormenores??? Isto não é um diário... mas como sou boazinha posso fazer algumas sugestões:
- fazer exercício ou passear no Parque da Pasteleira;
- assistir ao pôr-do-sol na Foz;
- comer os filetes de polvo do Aleixo, peixe grelhado nas docas de Matosinhos e francesinhas na Portugália;
- (...) o resto fica por conta de cada um. Isto é um blogue, não é um catálogo de viagens.

Casa da música


Para quem passar pelo Porto é obrigatório visitar a Casa da Música.
O projecto do holandês Rem Koolhaas situa-se junto à Rotunda da Boavista (a tal da estátua anti-Benfica, em que o leão pisa a águia) e chama a atenção de qualquer um pela volumetria bastante original. Surgiu como um projecto inserido no evento do Porto - Cidade Europeia Capital da Cultura, mas atrasou-se na sua construção e foi inaugurada anos mais tarde. O projecto inicial ultrapassou várias vezes o orçamento original, mas valeu a pena. É um edifício que atrai pela qualidade da música que proporciona, pela riqueza dos materiais e pelo espaço em si que, para além de belo e diferente, oferece perspectivas e formas de estar novas.
Aconselho a visita guiada, mas pode-se andar pela casa livremente, embora se percam informações importantes e o acesso a alguns locais. Para quem puder parece-me muito boa ideia assistir a um concerto no local.

Banho de gaivotas



 
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