Fitas...


Nada melhor que um cartucho de coisas doces para adoçar a vida que, sendo adocicada, resvala por vezes para becos salgados, ácidos e até mesmo amargos.
Isto de fazer anos, pelo menos a partir de uma certa idade, levanta um sem número de questões filosofico-existenciais daquelas que nem Freud conseguiria explicar. Mas, passado o dia, mesmo sem respostas, avançamos na vida (que remédio... não será porque queremos, mas porque a isso somos obrigados) e lá continuamos, hesitantes, cambaleando, equilibrando sonhos e esperanças que cada vez mais percebemos impossíveis. E é isto a vida, não tenhamos ilusões. Podemos até encará-la de forma mais optimista, mas nunca será muito mais do que isto: um acumular de perguntas sem resposta e de sonhos sem concretização. Porém seguimos sempre, até que algo superior a nós nos leve para o infinito (ou lá para onde quer que seja) ou nos faça a nós apressar esse momento.